Primeiramente, quando Sam Mitchell assumiu o cargo de treinador interino no lugar de Flip Saunders, seu nome era uma unânimidade entre os dirigentes e torcedores da franquia, naquele momento nada mais justo do que o primeiro assistente do treinador antigo ocupar o cargo de maneira temporária, pela proximidade com Flip esperava-se que pouco coisa mudasse na equipe nesse curto período.
Logo no começo da temporada a franquia foi pega de surpresa com o falecimento do ex-treinador Flip Saunders, diante desse cenário trágico a franquia acabou efetivando Mitchell como Head Coach. À essa altura a temporada já havia se iniciado e a equipe experimentava um irregularidade típica de times em formação, jogando bem e vencendo fora de casa e perdendo dentro de seus domínios, porém já era possível ver o dedo do novo treinador na equipe.
A primeira providência tomada pelo treinador foi mudar Andrew Wiggins de posição, passsando-o para SG, usando o veteranissímo Tayshaun Prince na ala, a ideia parecia boa a principio, com Prince em quadra Wiggins teria menos trabalho defendendo e poderia explorar sua versátilidade ofensiva sendo marcado por jogadores, teoricamente, mais baixos, porém na prática não foi bem assim, Wiggins teve um começo lento tentando se adaptar a nova posição, enquanto Prince comprometia defensivamente e era nulo no ataque. Ainda, no time que começou a temporada, tivemos a boa sequência do rookie Karl-Anthony Towns que com uma série de double-doubles ajudava dos dois lados da quadra empolgando até os mais céticos.
Por outro lado, a insistência de Mitchell em Prince prejudicou vários jogadores que viram seu tempo de quadra diminuir ou, praticamente, zerar, leia-se Shabazz Muhamad, Damjan Rudeẑ e Adreian Payne, esse último ainda tinha a concorrência do "experiente rookie" Nemanja Bjelica, que chegou como a primeira opção do treinador para a posição de PF. Outro que viu seus minutos diminuirem significantemente foi o pivô Gorgui Dieng que, mesmo depois de uma ótima participação no pré-olimpico da Africa por Senegal, foi preterido pelo também veterano Kevin Garnett. E ainda nem falamos sobre Zach LaVine que tem divido minutos com Ricky Rubio na armação no time, isso quando o espanhol joga, o que não acontece sempre, devido aos seus infinitos problemas de lesão. Mas aqui você pode se perguntar, mas o LaVine não pode jogar de SG ? Na cabeça de Sam Mitchell, não, a frente dele temos o também veterano Kevin Martin, que vem apresentando os piores números de sua carreira desde a temporada 2005-2006, o outrora bom arremessador de três pontos e exímio cobrador de lances livres (sua especialidade), tem registrado médias de apenas 26,2 % da linha de três pontos e 85,5 % nos lances livres (piores médias desde sua temporada de calouro).
Com tudo isso, uma pergunta surge, qual a meta de Sam Mitchell para o Timberwolves para essa temporada? Playoffs? Pouco provável com esses veteranos já em fim de carreira. Desenvolver os jovens jogadores? Também não, pois isso vai contra o tempo de quadra limitado que Towns, Dieng, Shabazz, Payne e LaVine estão tendo
A conclusão é que enquanto Mitchell insiste com seus medalhões, os talentosos jovens jogadores estão amargando temporadas com pouca evolução, pouco tempo de quadra e insatisfação por ficarem na reserva. Novamente, o time do Wolves não está pronto para chegar aos playoffs ainda, mas já poderia estar incomodando mais se tivesse um treinador com capacidade de desenvolver jovens talentos, só lembrando que Scott Brooks ex-OKC) e Tom Thibodeau ex-Bulls estão disponíveis no mercado e tem experiência treinando elencos jovens. Assim, resta a diretoria se perguntar, se vale a pena insistir em Sam Mitchell.
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